segunda-feira, 4 de junho de 2012

APT

 Quem já viu o clipe "Chizuru" da banda the GazettE notou que há cenas "estranhas" de um filme que parece ser de terror. Há alguns anos fui procurar e descobri que era de um filme coreano chamado APT que realmente era de terror e, na minha opinião, é um dos melhores.


 "Você acha que o rancor pode desaparecer tão facilmente?" 


Sae-Jin, uma moradora solitária de um conjunto de apartamentos do subúrbio se envolve em um caso de suicídio onde uma mulher estranha, após perguntar "Você não se sente solitária?" se atira em frente a um metrô, tentando levá-la junto consigo. 
Ela mal sabia que esse acontecimento mudaria radicalmente sua vida. A mulher que ela deixou de salvar começa a frequentar o prédio. 
Paralelamente a esse acontecimento, Sae-Jin começa a perceber que o edifício não é tão pacífico quanto ela imaginava: todo dia, exatamente às 21:56 as luzes de um dos apartamentos começam a piscar e então ocorre um suicídio.
Desesperada, Sae-Jin começa a observar os moradores e tenta avisá-los para que não apaguem as luzes naquela hora, porém, além de não acreditarem, começa a ser acusada por eles e ameaçada pelos policiais. 
Sae-Jin conhece por acaso uma cadeirante órfã chamada Yo-Yeon que mora em frente ao seu apartamento. Depois da morte dos pais, a garota começa a receber o auxílio dos outros moradores que passavam a ser dividir em turnos, porém, com o tempo, a bondade se tornou indiferença e então a cadeirante, sem poder se defender, passa a sofrer vários tipos de abusos. 
Investigando aqueles suicídios, Sae-Jin e os policiais que antes duvidavam dela, descobrem que os mortos sempre carregam uma cópia da chave de entrada de um apartamento.
Qual é a relação entre esses moradores, a orfã abusada e a mulher que se suicidou no metrô? Será que há um jeito de parar esses suicídios tão incomuns ou o rancor de alguém que foi abandonado pelo mundo pode durar para sempre? 





                                                                    Um olhar sobre APT                                                                   

O clichê oriental de fantasmas com cabelos na face ganha um toque a mais que faz com suas aparições deixem as pessoas de cabelo em pé: um barulho que lembra ligeiramente um estilete e um jeito de andar assustador. 
Não esperem muito dos efeitos especiais típicos dos remakes americanos, os de APT deixam a desejar, fazendo com que uma das mortes principais sejam tratadas quase como uma piada. 
O timing de aparições da moça que morreu no metrô é muito bom, muitas das vezes que ela aparece não podem ser previstas, o que se torna um prato cheio para pulos e gritos. 
A história do filme é muito boa, vai acabar tratando de várias situações que podem acontecer na vida das pessoas e, especialmente, como as pessoas que poderiam ajudar alguém em dificuldade cruzam os braços e as consequências disso. Consequentemente, nos faz pensar sobre nossas próprias vidas e no que estamos fazendo com ela e com as pessoas que surgem.
O final "indefinido" deixa o filme aberto à respostas para uma questão deixada pelo detetive: "Você acha que o rancor pode desaparecer tão facilmente?". 
Em suma, o filme é muito bom e vale a pena ser assistido. Sempre que tenho oportunidade assisto e nunca deixo de me assustar, sempre tenho aquela sensação de calafrio como se tivesse alguém atrás de mim.